Opinião: "Misantropia esclarecida" de Ana Costa
"Misantropia esclarecida”
De Ana costa
Ana Costa apresenta-se com um conjunto de novos poemas. Como dissemos anteriormente, só agora começamos a ler de fio a pavio os primeiros trabalhos de poesia, como tal, poderemos não ser totalmente justos na nossa apreciação.
Por isso, a nossa opinião é puramente sensorial, quer isto dizer que, nos limitamos a opinar sobre o que nos faz, ou não sentir.
Com Misantropia esclarecida ficamos com a sensação de serem poemas que vieram das entranhas, das profundezas da autora. Parecem-nos pensamentos, que entrámos na sua cabeça e estamos a experimentar aquilo que sente, ou sentiu, a dada altura ou momento de inspiração.
Na sua maioria o sentimento que nos envolveu foi de tristeza ou de incompreensão, mas também nos deixou a ideia de que através da sua poesia se insurge contra várias situações ou instituições, veja-se o poema “Lei não é justiça” e “Silêncio”, isto no que se refere à sua divisão apelidada de Pessimismo.
Quanto ao Optimismo parece-nos haver nostalgia e saudade. Aplaudimos o seu poema “Soneto amigo” e “ Parar para pensar”. No entanto, deixamos-vos um excerto de um outro seu poema:
“Leva-me…
Leva-me contigo…
Mesmo que fiques aí
Ou vás para outro lado do mundo.
Leva-me…
No teu tapete mágico,
No teu avião movido a sonhos,
Ou mesmo no teu carro alimentado a amor.
(…)”
In Misantropia esclarecida, Leva-me, Ana Costa, pág. 23, Livros de Ontem
Fica a nota: a autora parece-nos transportar para a sua mente, quase num cenário irreal de Alice no País das Maravilhas, andamos e ondulamos num turbilhão de sentimentos e, às vezes, incompreensão. Só por isso, por nos conseguir fazer sentir algo diferente, já merecerá ser lido.
A nossa classificação: 3