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Opinião: "Sangue vermelho em campo de neve" de Mons Kallentoft


"Sangue vermelho em campo de neve"

de Mons Kallentoft"

Esta tetralogia há muito que nos andava a dançar debaixo dos olhos. Por sorte, conseguimos reunir todos os exemplares. Sim, possuímos os quatro para leitura, agora faltam ler três - como parece óbvio com a corrente publicação. (Aqui excluímos da contagem o quinto livro acabado de sair)

Estávamos desejosos de começar a sua leitura, fomos resistindo, lendo outros primeiro, deixando crescer ainda mais água na boca. Uma tetralogia de crimes... ui... o que aí viria? Ansiedade.

A área do crime é-nos especialmente cara, gostamos de ler livros policiais, de terror, trhiller, etc. E só de vez em quando romances e afins. Daí que nestes géneros sejamos expectantes e mais críticos. (embora para o blogue tenhamos vindo a tentar espaçar estes géneros e trazer vários tipos de enredos).

Assim, eis que não mais resistimos e nos lançámos na leitura de "Inverno", a estação do ano em que se desenrola a trama escrita por Mons Kallentoft.

Começámos a ler e ficámos algo desapontados com a escrita e conteúdo apresentados. Não quisemos, no entanto, parar. Como tal, insistimos e fomos lendo, ao mesmo tempo, acabámos por pesquisar sobre mais opiniões de leitores que já haviam lido este primeiro volume e, bem, a reacção nem sempre foi a melhor. Havia quem tivesse passado por aquilo que estávamos a passar. Ou seja, havia quem não tivesse gostado do que havia lido. Mais, existem leitores que abandonaram a leitura nem a meio.

Mas isso connosco não aconteceu, até hoje deixámos dois livros a meio por não estarmos, de todo, a gostar do que líamos, e isto no meio de centenas e centenas que já nos passaram pelas mãos. Não desistimos facilmente, e conseguimos ler este primeiro livro de Kallentoft até ao fim.

O que dizer? Não concordamos que seja o melhor que a Suécia tem para dar. De longe. Não é, também, um grande livro de suspense ao contrário do que se publicita. A história em si mesma é fraca, a protagonista, Malin Fors, uma investigadora policial, é fraca, com pouco conteúdo. Falta substância ao livro. Faltou concretizar mais afincadamente algumas ideias escritas. Ideias essas que, se exploradas de outra forma, poderiam ter dado toda uma perspectiva e dinâmica que o livro não teve.

Havia sempre uma pequena promessa de que algo mais ali viria, mas até o desfecho foi fraco.

Este primeiro livro conta com 484 páginas e, para que nos possam perceber melhor, só a partir da página 400 é que começámos a achar que poderia haver ali algum conteúdo sólido. Mas não bastou.

Não nos cativou a perspectiva da vítima ao longo da trama e a forma como foi sendo mantida. Nem sempre houve coesão no texto em geral.

Esperávamos mais, muito mais. É a prova de que nem sempre um bom marketing traz um bom resultado/produto atrás.

No entanto, já nos iniciámos a leitura do segundo volume "Verão", esperemos que aqui Kallentoft nos surpreenda e arrebata e nos faça querer continuar, tem o caminho minado para chegar até à nossa satisfação.

Classificação:

- Escrita: 5

- História: 5

- Revisão do texto: 9,8

- Complexidade:6

- Trabalho gráfico: 9

Total geral: 6,96

0 - Péssimo

1 a 3- Muito Mau

4 a 5- Mau

6 a 7- Satisfatório

8- Bom

9 - Muito Bom

10 - Excelente!

Mais informações em: Dom Quixote

Sinopse

No Inverno mais frio de que há memória na Suécia, um homem, nu e obeso é encontrado pendurado num carvalho solitário no meio das ventosas planícies de Ostergotland. O cadáver apresenta sinais evidentes de violência mas, em volta, a jovem e ambiciosa inspectora Malin Fors só pode constatar como a neve cobriu e ocultou para sempre as eventuais pistas deixadas pelo assassino. A única certeza é que o macabro achado vai abalar a vida tranquila da pequena comunidade de província e trazer de volta terríveis segredos há muito escondidos. Sangue Vermelho em Campo de Neve - Inverno revela aos leitores portugueses Mons Kallentoft, um autor brilhante que, com este livro, ocupou de imediato os primeiros lugares nos top de vendas dos países nórdicos e está a ser traduzido pelas mais importantes editoras na Europa.

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