Opinião: "O Deus das Moscas" de William Golding
"O Deus das Moscas"
de William Golding
Por estarmos agora envolvidos num clube literário fomos desafiados a falar sobre um livro de um prémio Nobel que tivéssemos lido. Assim, apercebe-mo-nos que a nossa biblioteca privada não estava muito apetrechada nessa matéria e lançá-mo-nos na busca de um livro que nos chamasse a atenção. E isso aconteceu com este exemplar de Golding.
Ficámos desde logo curiosos por ser um livro aconselhado pelo plano nacional de leitura, a impressão que temos deste plano não é a melhor, pois muitas das escolhas feitas não são de entusiasmar as classes que agora se iniciam nas lides da leitura.
Mas demos o benefício da dúvida e, bem, devemos dizer que gostámos da leitura. Achá-mo-la relativamente fácil, embora no início seja complicado perceber quem é quem e se baralhem com facilidade os nomes de determinadas personagens.
É uma história que mostra claramente a necessidade do ser humano de estar organizado em sociedade e estruturalmente. A trama desenrola-se após a queda de um avião deixando naufragados um grupo de rapazes. O mais velho não tem mais de 13 anos e o mais novo terá a idade de 4 anos.
Sem adultos e regras a anarquia instala-se e a luta pelo poder revela o pior dos jovens habitantes da ilha que os levará até ao homicídio.
Quem será o Deus das moscas? Terão de ler para saber. Pois os pequenos seres que habitam a ilha terão de expurgar os seus medos e sobreviver.
Gostámos.
Classificação:
- Escrita: 9
- História: 8
- Revisão do texto: 10
- Complexidade: 8
- Trabalho gráfico: 9
Total geral: 8,8
0 - Péssimo
1 a 3- Muito Mau
4 a 5- Mau
6 a 7- Satisfatório
8- Bom
9 - Muito Bom
10 - Excelente!
Mais informações em: Dom Quixote
Sinopse
Publicado originalmente em 1954, O Deus das Moscas é um dos mais perturbadores e aclamados romances da atualidade. Um avião despenha-se numa ilha deserta, e os únicos sobreviventes são um grupo de rapazes. Inicialmente, desfrutando da liberdade total e festejando a ausência de adultos, unem forças, cooperando na procura de alimentos, na construção de abrigos e na manutenção de sinais de fogo. Porém, à medida que o frágil sentido de ordem dos jovens começa a fraquejar, também os seus medos começam a tomar sinistras e primitivas formas. De repente, o mundo dos jogos, dos trabalhos de casa e dos livros de aventuras perde-se no tempo. Agora, os rapazes confrontam-se com uma realidade muito mais urgente - a sobrevivência - e com o aparecimento de um ser terrível que lhes assombra os sonhos.