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Opinião: "Amar-me-te" de Ana Lampreia


"Amar-me-te"

de Ana Lampreia

Estamos diante de um livro com pouco mais de 100 páginas, o que não quer dizer nada relativamente ao conteúdo, mas apenas mostra que se lê rápido, para quem está habituado.

E foi o que nos aconteceu, acabámos por lê-lo em menos de nada. A Autora tem uma escrita fácil de ler, com frases simples e, algo de que gostamos, vários diálogos.

A trama gira à volta de Maria, a personagem principal, no entanto, devemos dizer que não ficámos encantados com a história em si.

Maria é aquela amiga que ouve todos os seus amigos, acabando por estar a viver os seus dramas. Inicialmente é nos dito que Maria teve um desgosto, uma relação que após sete anos falhou, mas pouco mais nos é dito sobre isto. Só sabemos que algo se passou em Paris.

Por um lado, apontamos que é uma narrativa nua de descrição, o que a torna, em certa medida, pobre. Tudo acontece a correr, quase sem respirar.

Pela introdução feita ficamos a perceber qual é a ideia da Autora para o livro, que devemos amar-nos antes de amar o outro, daí o título, um pouco difícil de pronunciar - dizemos nós - até o interiorizarmos.

Por outro, não temos como criar uma imagem de Maria ou das restantes personagens porque não nos são dados elementos para tal. Como dissemos é tudo muito rápido, muito centrado na ideia de desgosto da personagem, nos problemas dos amigos, que, diga-se, se resolvem de uma assentada, e na ideia de que há amizades e amizades.

Achámos superficial, ficou a faltar qualquer coisa. Mas isto, claro, sendo apenas a nossa opinião e gostando nós de livros um pouco mais "preenchidos". Isso não significa longos, porque já os lemos pequenos, mas fortes no seu conteúdo.

Para quem gosta de uma leitura leve e pouco demorada tem aqui o livro ideal. Para quem não tem o hábito da leitura, está aqui uma boa aposta, e mesmo para quem tem e quer algo mais leve para, por exemplo, levar para a praia ou pic-nic, pode arriscar neste livro. Lê-se rapidamente e de forma descontraída.

Temos de apontar um ponto negativo, muito quanto a nós, o facto de haver escrita em língua estrangeira, aqui o espanhol e, lá dizemos nós mais uma vez, sem estar traduzida. Perdemos logo o interesse.

Já temos dito isto relativamente a outros livros, quando há uma língua num livro que não a portuguesa a mesma deve vir traduzida. Ninguém é obrigado a saber línguas ou a ter facilidade em percebê-las. Continuaremos a lutar pelas traduções.

Já sabem que para nós os livros são para chegar a todos e, como tal, têm de ser acessíveis a todos, tendo o cuidado de ter as traduções. Pois também é uma forma de ensinar e a pessoa ficar com vontade de ler e perceber plenamente o que leu.

Às vezes perde-se o contexto da história por não vir traduzido, se escolhemos os livros em português... porque será?

Mas neste livro, e como é em espanhol, a coisa até nem é assim muito grave, tirando um verso que nem acabámos de ler, confessamos.

Resumindo, percebemos a intenção e a mensagem, mas ficou a faltar qualquer coisa. Ainda assim, é um livro que se lê facilmente e que nos proporciona um momento relaxante.

Classificação:

- Escrita: 7

- História: 6

- Revisão do texto: 9,5

- Complexidade: 8,3

- Trabalho gráfico: 6

Total: 7,36

0 - Péssimo

1 a 3- Muito Mau

4 a 5- Mau

6 a 7- Satisfatório

8- Bom

9 - Muito Bom

10 - Excelente!

Mais informações em:Capital Books

Sinopse

Depois de ver terminada a sua relação amorosa, Maria, uma mulher cheia de vida, perde a vontade de viver. Temendo a solidão, Maria refugia-se nos longos telefonemas de estórias de vida dos seus amigos, umas mais doces, outras mais amargas, tornando-se confidente e conselheira sempre que dela precisam. Mas a vida é imprevisível e Maria é confrontada com um galã que a quer conquistar. Terá Maria a coragem para amar e deixar--se amar de novo?

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