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Opinião: "Nunca perdoar, nunca esquecer" de Chelsea Cain


"Nunca perdoar, nunca esquecer"

de Chelsea Cain

Não nos lembramos de ter lido algum livro desta Autora. Mas já são tantos os livro que já passaram por nós que se torna impossível decorar todos os nomes, mas, daquilo que apurámos das nossas estantes parece-nos uma estreia.

Cain traz-nos neste Nunca perdoar, nunca esquecer um thriller interessante. Não parámos de o ler, ou melhor, tínhamos de nos forçar a parar, mas, como repararam se seguem o nosso facebook, este foi um livro que nos acompanhou para todo o lado e que foi lido em todos os minutos livres.

Não é a história mais arrebatadora que já lemos, porque não é. No entanto, está bem construída e gostámos do que lemos.

Uma visão diferente sobre o rapto de crianças, mais concretamente o rapto de Kick, uma menina de 6 anos. Ou melhor, no início do livro começamos por assistir ao seu resgate e a partir daí tudo se desenrola. Kick torna-se uma jovem mulher, marcada pelos acontecimentos que a rodearam em pequena.

Não é desde logo explícita a utilização dada às crianças na rede de tráfico que nos é apresentada e não nos é dito concretamente durante muito tempo aquilo por que passou a protagonista, mas vai sendo deixada a dúvida no ar e facilmente percebemos tudo aquilo a que teve de se sujeitar.

Quando começámos a leitura estávamos à espera de encontrar ao longo da trama uma protagonista forte, que endurecera com o que lhe aconteceu, até porque, como perceberão quando lerem a história, Kick torna-se fã de armas, todo o tipo - e mais não dizemos -, mas não é isso que encontramos.

Deparámo-nos com uma protagonista algo frágil que se quer defender a todo o custo, fechada para o mundo, mas desengane-se quem acha que é uma jovem anónima. Pois ao bom jeito americano Kick tornou-se a jovem mais famosa do pais desde o seu desaparecimento tendo, inclusive, uma mãe que soube aproveitar todo o mediatismo. À parte disto Kick também ficou conhecida no submundo do crime praticado contra crianças, porquê? A razão é arrebatadora, mas não vos vamos revelar.

Só esclarecemos que esta trama não é à volta do sofrimento da protagonista, não, mas antes do seu "recrutamento" por parte dum homem mistério para que o ajude a encontrar um rapazinho desaparecido.

Uma trama com um ritmo constante, onde há sempre algo a acontecer, há cenas marcantes e empolgantes. Digamos que não há momentos mortos.

Achámos o fim absolutamente inesperado e só rezamos - e não somos religiosos - que haja uma continuação desta trama (tentámos ignorar o "fim" aposto no final, passe a redundância).

Pode não ser o melhor que já lemos, mas está entre os melhores.

Não percam.

Classificação:

- Escrita: 9

- História: 8,7

- Revisão do texto: 9,8

- Complexidade: 9

- Trabalho gráfico: 9

Total: 9,1

0 - Péssimo

1 a 3- Muito Mau

4 a 5- Mau

6 a 7- Satisfatório

8- Bom

9 - Muito Bom

10 - Excelente!

Mais informações em:Saída de Emergência

Sinopse

Kick Lannigan, 21 anos, é uma sobrevivente. Raptada aos seis anos, a família, a polícia, bem como a comunidade, assumiram que o pior tinha acontecido. Mas é encontrada viva seis anos depois. Submetida a toda uma série de terapias para a ajudar a superar o trauma, é só quando canaliza as suas forças e raiva para a luta que Lannigan se sente melhor. Aos 13 anos, começa a aprender todo o tipo de artes marciais e técnicas de luta, jurando que nunca mais voltará a ser vítima. Quando duas crianças desaparecem na área de Portland, Kick é abordada por um enigmático homem de nome Bishop que a convence de que a sua experiência e habilidades podem ajudar a salvar as vítimas. Mal sabe ela que o caso irá desvendar o seu próprio passado aterrorizador…

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