top of page

Opinião: "The Shining" de Stephen King


"The Shining"

de Stephen King

Hoje é com dificuldade que vos deixamos esta opinião. O fim de semana foi triste, infelizmente vendo a nossa cidade a arder. Literalmente assistimos da janela, olhando para um horizonte repleto de chamas e impotentes face às mesmas. Por isso, fica o nosso respeito e solidariedade para com todos os bombeiros e população que estiveram e estão envolvidos neste flagelo.

Mas também queremos trazer um pouco de "normalidade" e uns minutos de distracção. Mesmo que seja difícil para quem nos está a acompanhar.

The shining, de Stephen King, foi o livro que nos acompanhou nestes últimos dias. Não chegou a uma semana o tempo de leitura deste exemplar.

King, devemos dizer, é dos nossos autores favoritos. Até porque, gostamos de livros e filmes de terror. Mas, salientamos, gostamos muito mais do terror psicológico de King. O que isto quer dizer?

Significa que King não é aquele autor que escreve livros que "pregam sustos" ou que são terrificamente violentos, não. King mexe com a nossa mente, põe-nos a olhar por cima do ombro, arrepia-nos a espinha com apenas uma frase. É mestre em quase nos levar à loucura, desperta em nós as sensações mais básicas e assustadoras.

Era com essa expectativa que íamos ao ler este "The Shining", já preparando a nossa mente para o que aí vinha, mas esperando deleitar-nos com este mestre do terror.

Devemos ser francos, o início da leitura foi complicado, não avançávamos tanto quanto queríamos nem ficámos agarrados à história, mas talvez porque estávamos constipados e a cabeça parecia que ia rebentar.

Como a sinopse diz, a trama anda à volta da ida de Jack Torrance para um hotel, em trabalho. Mas não é só isto. Devemos dizer que o foco da história é Danny, o seu filho.

O hotel é fechado para a época de inverno e apenas fica habitado por Jack, Danny e Wendy. Esta pequena família, já de si fragilizada pelos problemas de Jack, chegam ao hotel com esperança que aqueles meses de inverno se revelem de descanso e renovação familiar. Mas isso não acontece.

O hotel Overlook tem muito a oferecer, a sua história boémia e repleta de criminosos e mortes irá impressionar Jack e dar-lhe-à a volta à cabeça.

Como não podia deixar de ser King traz-nos a manipulação da mente, a loucura e o inacreditável. Acompanhámos Jack nas suas incursões pelo hotel, pelos seus pensamentos e desejos mais sombrios.

Por outro lado, acompanhámos o desafio do pequeno Danny, que com apenas 5 anos é alvo de cobiça por parte do espírito do hotel. Porquê? Já sabem, terão de ler para descobrir o que se esconde na mente deste pequeno personagem.Só vos dizemos que em pouco parece uma criança de 5 anos.

Embora este não tenha sido o livro mais fantástico de King que já lemos, porque não foi, não deixa de ser uma boa companhia para os amantes de terror. Para quem tem medo de ficar preso nas montanhas rodeado de neve... não deverá lê-lo, para quem tem medo de vozes a sussurrar, também não deverá ler...

Quem tem mente fraca... não deverá ler.

Podemos adiantar-vos que, no início de noite deste sábado quando fizemos uma pausa na leitura deste livro fomos dar com a porta de casa aberta, o ar estava quente, estávamos sozinhos e apenas o nosso cão estava sentado na rua a olhar fixamente para nós... Quem abriu a porta? - perguntámos. Até agora não tivemos resposta.

É King no seu melhor, mesmo quando não é fantástico.

Preparem-se para olhar por cima do ombro.

Classificação:

- Escrita: 10

- História: 8

- Revisão do texto: 9,7

- Complexidade: 9

- Trabalho gráfico: 7

Total: 8,74

0 - Péssimo

1 a 3- Muito Mau

4 a 5- Mau

6 a 7- Satisfatório

8- Bom

9 - Muito Bom

10 - Excelente!

Mais informações em: 11x17

Sinopse

Jack Torrence consegue um emprego num velho hotel, e acha que será a solução dos seus problemas e dos da sua família - as dificuldades vão ficar para trás, a sua mulher vai deixar de sofrer e o seu filho, Danny, vai poder voltar a respirar ar puro e ultrapassar as estranhas convulsões. Mas as coisas não são tão perfeitas como parecem - existem forças malignas a pairar nos antigos corredores. O hotel é uma chaga aberta de ressentimento e desejo de vingança, e, inevitavelmente, um confronto entre o bem e o mal vai ter que ser travado.

Destaque
bottom of page