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Opinião: "A filha do pântano" de Karen Dionne


"A filha do pântano"

de Karen Dionne

Iniciamos a semana com mais uma opinião.

Trazemos este "A filha do pântano" com a sua história desenvolvida à volta de um rapto. A mãe de Helena, personagem principal, é raptada com apenas 14 anos e levada para o meio de uma floresta. Sendo aí mantida durante doze anos, obrigada a viver em condições desumanas, sem acesso a outras pessoas, sem acesso a televisão, roupa, banho, nada.

Sozinha com o seu captor vê-se grávida e mãe de uma criança que nasce e cresce a absorver aquela vida.

Helena cresce, aprende a caçar, a manejar armas, a defender-se, não conhece nada do mundo a não ser aquilo que um punhado de revistas "National Geographic" lhe mostra.

Helena não sabe, mas essas revistas têm mais de 50 anos. Nada é como ela imagina ser. Idolatra o pai, um pai que maltrata a mãe. Uma mãe que ela aprendeu a desprezar. Até ao dia em que tudo muda.

Já adulta Helena mudou de vida, vive no mundo actual e construiu uma família feliz.

Mas, apenas até ao dia em que o seu pai escapa da prisão e lhe mostra que só ela o pode deter.

"A filha do pântano" é um livro fácil de ler, com uma narrativa que nos vai prendendo e que nos mostra como o ser humano é maleável e susceptível. Um ser inacabado psicologicamente.

Não podemos dizer que seja o melhor livro que já lemos, mas também está longe de estar entre os piores.

É um livro bom, com uma cadência rápida, sem palha e que se acompanha facilmente.

Desde o início que vamos acompanhando a narrativa de Helena. Vemos a história através dos seus olhos, é quase como se fossemos andando ao seu lado, vendo o que faz ou fez enquanto menina.

É interessante ver a abordagem da autora à mente de uma criança e, depois, mulher a olhar para a realidade que a foi rodeando. O fascínio pelo pai, o crescer e perceber que nem tudo o que acontecia era normal. Que o mundo era muito mais do que uma floresta e árvores.

É um livro interessante de se ler e, no final, parar para pensar. Afinal o ser Humano é fruto das suas vivências e daquilo que vai aprendendo. Somos fruto daquilo que nos rodeia.

Não é o livro mais extraordinário que conhecemos, mas está interessante. Proporciona-nos uns leves momentos de leitura apesar do enredo e da carga que a própria história transmite.

Classificação:

- Escrita: 7

- História: 8

- Revisão do texto: 9

- Complexidade: 10

- Trabalho gráfico: 9

Total: 8,6

0 - Péssimo

1 a 3- Muito Mau

4 a 5- Mau

6 a 7- Satisfatório

8- Bom

9 - Muito Bom

10 - Excelente!

Mais informações em: HarperCollins Portugal

Sinopse

Finalmente, Helena tem a vida que merece. Um marido dedicado, duas filhas lindas, um negócio que preenche os seus dias. Mas, quando um presidiário se evade violentamente de uma prisão vizinha, apercebe-se de que foi ingénua ao pensar que poderia deixar para trás os seus piores momentos.

Helena tem um segredo: é o resultado de um rapto. O seu pai sequestrou a sua mãe quando esta era adolescente e manteve-a em cativeiro numa cabana remota nos pântanos da Península Superior do Michigan. Sem eletricidade, sem aquecimento, sem água canalizada, Helena, nascida dois anos depois do rapto, adorava a sua infância. E, apesar do comportamento por vezes brutal do pai, amava-o... até descobrir exatamente até que ponto uma pessoa podia ser selvagem.

Vinte anos depois, enterrou o passado tão profundamente que nem sequer o marido sabe a verdade. Mas, agora, o seu pai matou dois guardas prisionais e desapareceu num pântano que conhece melhor do que ninguém. A polícia começa a caça ao homem, mas Helena sabe que os agentes não têm qualquer hipótese de o apanhar. Sabe que há apenas uma pessoa que conta com as estratégias necessárias para encontrar alguém preparado para sobreviver a uma catástrofe e a quem o mundo chama «o rei do pântano»... porque há apenas uma pessoa que ele próprio treinou: a sua filha.

Destaque
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