Confissões
Boa tarde leitores,
Este é um post diferente. Pois é, estamos quase a celebrar 4 anos de blogue e estivemos a avaliar e a pensar em alguns pontos.
Hoje trazemos confissões, algumas tentativas de mudança e quisemos fazê-lo agora pois na altura do aniversário queremos celebrar e as atenções viradas para outras coisas ;) .
Assim, há uma coisa que achamos que deverá criar alguma curiosidade ou confusão, deste lado começa a fazer. Mencionamos o facto de escrevermos na 3ª pessoa. Pois é, o blogue é escrito apenas por uma pessoa e não por várias.
Falamos na 3ª pessoa por defeito de formação e profissão, pois é assim que diariamente temos de escrever e falar. O que levou a que isso, desde o início, se reflectisse no blogue.
E isto é algo que queremos mudar. A começar por hoje. Por isso, a partir deste parágrafo tentaremos escrever sempre na 1ª pessoa. Pois é assim que faz sentido.
Até vou escrever numa cor alternativa para destacar a diferença :D.
Vou começar por me apresentar brevemente, sou a Vanessa, aquário, amante de livros e acumuladora dos mesmos. Sou licenciada em direito, advogada e escrevi e publiquei um livro - Mors Tua, Vita Mea, a tua morte a minha vida - pouco depois de nascer o blogue. Uma aventura em que me lancei. Com peripécias e resultados que dariam um novo post. :/ :)
O blogue surgiu num momento de tédio e em que pensei, porque não partilho a minha opinião com as outras pessoas? E foi assim, desconhecendo por completo o que era o mundo dos blogues e tudo o mais, o que queria era um espaço para ir publicando opiniões.
Livros de vidro, o nome, foi inspirado num livro que li - na altura não percebi nada da história, não que ele fosse mau, mas porque estava de férias e na altura, tenho consciência, não lhe prestei muita atenção - e que quero voltar a ler. O livro é este:
Estou há já algum tempo para o reler, e talvez seja em breve, pois desde há uns anos que ando a pensar nisso. Talvez seja muito brevemente.
Falei em cima em mudanças a fazer no blogue, quem o tem seguido já deve ter reparado que os passatempos têm mudado de estrutura, pois é, não fazia sentido manter os passatempos no facebook, que é apenas uma forma de divulgação. Ainda estou a estudar as formas mais eficazes de publicar os passatempos até alcançar a desejável, pelo que, durante os próximos tempos haverá alguns que serão testes de eficácia.
Outra coisa, que é bom de frisar e de dar a conhecer é que quando falo com autores que me abordam, no sentido de me dar a conhecer os seus livros e me dizem que gostariam que os lesse, aviso-os sempre de que a opinião emitida será sempre sincera, com a máxima sinceridade que conseguir.
Embora publique as opiniões entre uma pausa e outra no trabalho, o que pode resultar em opiniões às vezes não tão exaustivas como gostaria, o facto é que, ainda assim, tento sempre que sejam o mais sinceras possível. Se gostar tento justificar, se não gostar igualmente tento justificar. Não há aqui o gostar só porque sim ou só porque não.
Se isto já me trouxe dissabores? De alguma forma posso dizer que já se traduziu numa ou noutra situação menos agradável. Isto porque, há autores que não estão preparados para ver o seu trabalho visto por outras pessoas que não amigos e família.
E todos temos de avaliar se queremos deitar ao mundo uma obra nossa seja ela literária ou não, pois temos de saber que não iremos agradar a toda a gente e que haverão opiniões diversas. Poderão dizer que é uma questão de maturidade de cada um ou poder de encaixe. Talvez seja. Não sei dizer, mas não é saudável para ninguém não saber ser criticado, pois a crítica pode e deve ajudar-nos a evoluir.
Não quer isto dizer que tenhamos de aceitar todas as críticas, pois elas existem também injustificadas, mas aí teremos de saber argumentar respeitosamente e com educação. O que não acontece.
Admito que, quando estou perante autores portugueses penso duas vezes antes de arriscar ler e publicar opinião. Pois nunca sei o que vem lá da parte dos autores. No entanto, leio o que quero ler e publico. O país é democrático, há liberdade de expressão e nunca publiquei uma opinião ofensiva, certo?
Sendo premissa do blogue tentar dar prioridade a autores/escritores portugueses, pois quando comecei quando li quase nada de autores nacionais, com o blogue comprometi-me a fazê-lo. E tenho tentado dar a conhecer vários autores, sejam eles publicados por que editora forem. E sim, isso já levou a que editoras que se acham a "última batata no pacote" se afastem com o argumento de haver blogues que têm publicações de livros de outras "editoras".
Lamento, mas não deixo de ler e conhecer autores apenas porque escolheram - bem ou mal - a editora ou gráfica. As pessoas não têm a culpa de desconhecerem o mundo editorial, nem têm de ser ignoradas por causa disso.
Mas enfim, isso são outras histórias. Sim, ter um blogue não é só rosas, principalmente, se queremos ir um pouco mais à frente e oferecer algo mais a quem segue o blogue.
Uma coisa é certa, não deixarei de ler e opinar se o livro me despertar interesse.
Por outro lado, é gratificante ver que muitas são as editoras que se juntam aos blogues numa tentativa de dar a conhecer os seus livros e também para estimular a leitura. A eles fica sempre um muito obrigada pela colaboração.
Bem, o post já vai longo. Assim, ficam aqui estas confissões. Caso queiram saber mais alguma coisa podem entrar em contacto. :)
Obrigada.
PS.: A partir de agora tentarei escrever sempre na 1ª pessoa. :)
