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Opinião: "Flores caídas no jardim do mal - Primavera", Mons Kallentoft


"Flores caídas no jardim do mal - Primavera"

de Mons Kallentoft

Bom tarde leitores, em época de férias trago-vos mais uma opinião.

Falo agora do quarto volume de Mons Kalentoft, “Primavera”. Já aqui falei dos outros três e expressei o meu desagrado relativamente a Malin Fors.

Tal como nos anteriores três livros, mais uma vez Fors não me convenceu. Nem a personagem nem a escrita do autor. Anteriormente tinha simpatizado com Zeke, parceiro de Fors, mas neste quarto volume até esse personagem perdeu personalidade. Um livro fraco, que pouco prazer me deu em ler.

Não percebo o autor em querer, insistentemente, inserir falas de mortos durante a trama. Não acrescentam nada e torna tudo demasiado… puxado, forçado e cansativo.

Ainda coloquei, há algum tempo, o quinto livro na minha lista de desejos, mas já decidi eliminá-lo. Desisti do autor. Malin Fors não evoluiu nada, uma inspectora vazia de conteúdo, arrisco mesmo a dizer que – aos meus olhos – se torna patética.

Tudo o que esta inspectora consegue é porque tem umas vozes que lho sussurram. Não me interpretem mal, até porque há livros que conseguem aliar o lado espiritual e místico a acontecimentos térreos, mas Kallentoft não tem essa capacidade. Colocar crianças pequenas, que morreram, a “falar” como se fossem adultas… não resultou.

A história vai-se desenrolando em velocidade cruzeiro, sem nada de extraordinário. O segredo que a família de Malin guarda e que é agora revelado acaba por não ser nada de extraordinário, o autor não conseguiu justificar as atitudes da mãe de Malin para com esta. Tudo muito forçado.

Acabei por não desfrutar deste policial. E, a bem da verdade, dos anteriores.

Não é um autor que queira continuar a acompanhar.

Classificação:

- Escrita: 4

- História: 5

- Revisão do texto: 9

- Complexidade: 9

- Trabalho gráfico: 7

Total: 6,8

0 - Péssimo

1 a 3- Muito Mau

4 a 5- Mau

6 a 7- Satisfatório

8- Bom

9 - Muito Bom

10 - Excelente!

Mais informações em: Dom Quixote

Sinopse

O sol primaveril brilha em Linköping, no centro da Suécia, e aquece os poucos habitantes, ainda pálidos da escuridão de um inverno prolongado, que ousaram sair para tomar café nas esplanadas da cidade. Já há andorinhas a voar em círculos no céu e as bancas de flores já exibem tulipas coloridas. Uma mulher passeia com as duas filhas pela Praça Grande da cidade e dirige-se à caixa automática de um banco para levantar dinheiro. E, subitamente, há um som aterrador que atravessa a cidade e faz estremecer as construções mais sólidas e os corações mais endurecidos. Momentos depois, Malin chega à praça e a visão que a atinge dificilmente poderá ser apagada. Num manto de flores despedaçadas e ramos espalhados há vidros partidos, o sapato de uma criança, um pombo a debicar o que aparenta ser um pedaço de carne e, a pairar sobre este cenário de tragédia, um silêncio absolutamente ensurdecedor. Alvo de um atentado, Linköping nunca mais será a mesma.

Destaque
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