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Opinião: "Madame Bovary" de Gustave Flaubert


"Madame Bovary"

de Gustave Flaubert

Bom dia leitores, acabei a tarde de sábado algo enfastiada. Porquê? Porque este livro me cansou. Estava quase nas última cinquenta páginas e já não aguentava mais este livro.

Até comecei a leitura entusiasmada pois ouvira falar bem do livro, mas rapidamente me fui desiludindo. Esperava um clássico algo arrebatador mas não foi isso que encontrei.

Encontrei uma trama que, na época, poderá ter mexido com quem a lia por ser, possivelmente, um retrato do que sucedia na sociedade, no entanto, hoje, depois de já ter lido tantos livros e tantos retratos de época não consigo ver nada de extraordinário neste.

Chegou a ser algo enfadonho. Ema, Madame Bovary, é uma mulher aborrecida, desiludida com a vida, desiludida com o casamento, seca e acabamos por só lhe achar algum fogo quando se perde de amores e calores em relações extraconjugais. Mas desengane-se quem pensa que encontrará descrições escaldantes, pois não as há.

Posso dizer que um dos pontos altos do livro, para mim, foi quando o marido de Ema, médico, fez uma intervenção cirúrgica algo inovadora na altura, a coisa poderá não ter corrido pelo melhor e isso foi o que mais fez mexer a trama. Após isso, são as inevitabilidades da vida.

Tudo o que vai sucedendo são consequências de actos e mentiras, sem nada de novo ou demais. Como disse, na época em que o romance saiu imagino que tenha sido um sucesso, pois seria "novidade", mas hoje não me surpreendeu. À parte isso, também não achei a escrita de Flaubert nada de extraordinário.

Bem sabemos que há muitos livros que, apesar da história que contam já não ser novidade, nos encantam pela forma como está escrita. Mas este escritor não me fascinou.

A discussão lançou-se no facebook do blogue (AQUI) quando afirmei que a leitura estava a tornar-se um tormento e vi que as opiniões se dividiam. Há quem tenha adorado e há quem não tenha gostado nada. Parece-me que não é um livro consensual.

Outra coisa que me disseram foi que esta minha edição não teria uma boa tradução. Isso não saberei, agora, afirmar pois não li outra edição. Sendo certo que não tenho interesse em voltar a ler o livro, irei tentar encontrar outra edição a biblioteca para espreitar e ver se será da tradução.

Uma coisa que se deve salientar é que este livro não está recheado de finais felizes, mas nem isso me espantou, nem isso me empolgou.

Um encolher de ombros para este livro.

Classificação:

- Escrita: 6

- História: 5

- Revisão do texto: 8

- Complexidade: 9

- Trabalho gráfico: 10

Total: 7,6

0 - Péssimo

1 a 3- Muito Mau

4 a 5- Mau

6 a 7- Satisfatório

8- Bom

9 - Muito Bom

10 - Excelente!

Mais informações em: Chiado Editora

Sinopse

«Madame Bovary sou eu», disse uma vez Flaubert, a quem o êxito do seu romance publicado em 1856 acabou por irritar, de tal modo eclipsou os seus outros livros. Emma Bovary persegue a imagem do mundo que lhe é dada por uma certa literatura desligada da realidade. Arrastada pelas suas ilusões, a mulher do prosaico Carlos Bovary imagina-se uma grande amorosa. A realidade revela-se impiedosa. E, no entanto, Madame Bovary, na época judicialmente perseguido devido à sua «cor sensual» e à «beleza provocadora de Ema», está longe de ser essa lição de realismo que muitos nele quiseram ver.

Destaque
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