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Opinião: "Revista 'RUA'" de Érre Editorial


"Revista 'RUA'"

de Érre Editorial

Olá leitores.

Trago-vos a minha opinião sobre uma revista. Sim, revista. Fui contactada pela equipa da Revista Rua que me disponibilizou um exemplar para análise e publicação de opinião sincera. Ah, e estão 15 exemplares a ser oferecidos no instagram do blogue! Não percam e participem!

Confesso que não conhecia a revista, penso que nunca a tinha visto nos quiosques, ou se vi, não lhe liguei.

Assim que a recebi folheei-a e alguns pontos saltaram logo à vista, outros chamaram-me a atenção assim que vi a capa no computador, irei falar disso já de seguida.

Comecemos pelo início, quando me enviaram a capa e iniciei a minha pesquisa, fiquei com a ideia em alguns pontos, em primeiro lugar, no lettering do nome da revista, é muito semelhante ao da revista Cristina. Assim que a vi, a minha mente viajou para essa outra revista que só conheço praticamente de capa. Foi inevitável associar a imagem. Ainda pensei se teriam alguma ligação, quanto mais não fosse os designers ou a equipa, mas do que me apercebi, não. Nada a ver.

Outro ponto que se destacou da minha pesquisa inicial foram os estatutos da revista - vejam AQUI -, uma revista que se assume como independente, aberta a todos os povos e culturas e que se debruça sobre as mais variadas vertentes da sociedade, sem fixar fronteiras. Quanto a mim, só a questão da independência já é muito importante, pois a comunicação social - parece-me - tende a jogar muito o jogo do poder e a perder qualidade. Se isso acontece com a Rua? Ainda não sei dizer pois o meu primeiro contacto não me permite percebê-lo ainda. Mas espero que sim, que haja independência e que digam/ escrevam o que tiver de ser, como alguém diria: doa a quem doer.

Recebida a revista física posso-vos dizer que que gostei do toque, do som, do cheiro... Sim, de tudo isto, que também conta numa "simples" revista. Do toque porque é uma revista com papel grosso e não aquele papel tipo bíblia que rasga por tudo e por nada. Do som, porque folheamos e parece que estamos a passar as páginas de um livro. E do cheiro, uma vez que, não cheia a tinta, aquele cheiro horrível que se entranha no nariz (e a tinta que se solta e pinta os dedos).

Falemos agora do conteúdo, realmente é uma revista que versa sobre muitas áreas - design, teatro, música, cinema, arte, política, opiniões, gastronomia, vagens, joalharia, automóveis, etc, e, claro, literatura (a esta parte já lá irei) - apresentando um conjunto de matérias e entrevistas.

Neste número 33 podemos ler entrevistas feitas a personalidades como: Benedita Pereira, César Mourão, Luísa Sobral, João Cajuda e Carminho. Que abordam, claro está, várias áreas da cultura.

Quanto ao conteúdo em si das matérias não me irei pronunciar, pois terão de ler a revista para saber, no entanto, devo dizer que a fotografia da Rua é muito bonita. Tem fotografia de vários fotógrafos e são muito apelativas. O interior da revista é chamativo, colorido e tem uma composição gráfica - não sei se é assim que se diz - muito bem conseguida.

Uma coisa que me surpreendeu pela positiva, foi ver uma revista destas com tão pouca publicidade. Normalmente estas revistas têm mais publicidade que matéria para ler o que acaba por levar a que o leitor a longo prazo se desinteresse, pois está a gastar muito dinheiro para pagar o quê?: PUBLICIDADE! E que leitor quer isso? Bem, penso que nenhum! Eu, pelo menos, dispenso.

E a Revista Rua nisso surpreendeu, em 149 páginas apenas 12 são de publicidade. O que é uma média muiiiiitttooo boa para aquilo que se vê por aí. E mais, é publicidade a produtos e serviços interessantes, ou seja, não é publicidade a perfumes, roupa e corpos invejáveis que até chateia de ser sempre o mesmo, não, temos publicidade a cidades portuguesas, cartazes de festivais ou feiras, quintas e hotéis, teatro, enfim. Muito diferente do habitual, assim tanto, que estou a pormenorizar. :D

Outra coisa que gostei e que não estava à espera, é ter vindo uma "mini revista" - pocketbook - UFit. Uma pequena revista de bolso com vários exercícios, dicas de actividade física desportiva, alimentação saudável, moda e acessórios desportivos, plano de treinos, enfim. Um mini livro que vou levar nas férias na mochila. Não pesa e são dicas simples para fazer até na praia.

Mas nem tudo são rosas nesta revista. Achei a foto de capa enjoativa. É engraçada mas não é fantástica. Rapidamente me cansei de olhar para ela. Penso que o vestido laranja da actriz e o fundo rosa não combinaram. Mas a ideia das bolas de sabão é engraçada.

Outro ponto desfavorável é o tamanho de letra da revista. Minúsculo. Eu leio-o bem, no entanto, os leitores que me seguem e outros bloguers de livros que vou seguindo queixam-se muitas vezes do tamanho de letra dos livros. Desta vez, reparei nisso nesta revisa. Penso que será dissuasor para muitos leitores lê-la. Realmente o tamanho da letra é minúsculo, deve ser um tamanho 10 ou 9.

Agora, por fim, indo àquilo que realmente me interessa - livros - vamos falar da secção de literatura da revista. Devo dizer que, para uma revista trimestral, desiludiu nesta parte. Reservaram-lhe uma página para três livros de que quase ninguém ouviu falar: "Leonardo da Vinci", "Nome de Código - Lise" e "Devoção". Com a quantidade de livros a sair em Portugal esperava mais nesta secção.

Não só apresentação de livros, como uma opinião mais vincada e que me fizesse querer lê-los. Esperava mais. Três livros algo elitistas e que não chamam todo o género de leitores. Queria mais neste campo.

No geral é um saldo muito positivo para esta revista, já andei a ver se a encontrava em versão pocket, mas ainda não encontrei.

Talvez no próximo trimestre.

Mais informações em: Revista Rua

Sinopse:

Todas as ruas têm uma história. A nossa tem várias! Arte, música, talento, personalidades, negócios, sabores, viagens, bom gosto. A RUA é a história que liga as raízes de Portugal ao futuro. Uma revista com uma linguagem criativa e original preenchida por um jornalismo sério e autêntico.

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