Opinião: "Não se brinca com coisas sérias" de Amílcar Monteiro
- Livros de Vidro
- 3 de dez. de 2016
- 2 min de leitura
"Não se brinca com coisas sérias"
de Amílcar Monteiro
Acutilantemente sarcástico. Estupidamente seco. Se nos rimos? Pouco ou nada. Demos mais connosco a franzir a testa ou a elevar o sobrolho. Pensámos "mas o que é isto"?
Mas o facto é que o lemos todo. Trata muitos assuntos de uma forma que não sabemos se o autor está a falar a sério ou a brincar, pelo menos até nos voltarmos a lembrar que estamos diante de um autor que é humorista. Aí pensamos, "Ah, ok, está a brincar. Está a gozar com a coisa".
É um livro estranho, pois não nos arrancou gargalhadas, mas entreteu-nos, o que é bom. Só ficámos a pensar que não devemos ter um humor muito apurado, talvez não... talvez não sejamos de fácil agrado, mas devemos dizer que gostámos especialmente do texto da discoteca, do idiota porco e das seis beldades. Esse fez-nos rir.
Também pensamos que talvez seja mais fácil ao sexo masculino identificar-se com as piadas ali contadas. Pelo menos, sabemos meia dúzia de pessoas a quem recomendar especificamente a leitura.
Apelamos a todos os seguidores que sejam detentores de um humor apurado a ler este livro, certamente que gostarão. Nós continuamos de semblante franzido e a olhar de lado para o livro. Mas sempre a evitar lançar-lhe um sorriso... estranho.
Não percam!
Classificação:
- Escrita: 8
- História: 7,4
- Revisão do texto: 9
- Complexidade: 8
- Trabalho gráfico: 10
Total geral: 8,48
0 - Péssimo
1 a 3- Muito Mau
4 a 5- Mau
6 a 7- Satisfatório
8- Bom
9 - Muito Bom
10 - Excelente!
Mais informações em:Capital Books

Sinopse
Do vencedor do Grand Prix de la Satire 2015, do Digital Jester 2016 e de outros prémios igualmente fictícios, chega-nos uma selecção de piadas e textos humorísticos escritos no seu blog, «Não se Brinca com Coisas Sérias», entre 2007 e 2014. Desde o mistério que envolve o doce da casa, até à revelação de heterónimos menos conhecidos de Fernando Pessoa, passando pelo discurso da melga-rainha na abertura da época de caça ao humano, Amílcar Monteiro leva-nos numa viagem hilariante, na qual nunca sabemos o que vamos encontrar ao virar a página.
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