Opinião: "Uma abelha na chuva" de Carlos de Oliveira
"Uma abelha na chuva"
de Carlos de Oliveira
Olá leitores, venho falar deste livro que li depois de ouvir a Edite do blogue "Livro Pensamento" a falar sobre ele num encontro do clube de leitura.
Às vezes, é assim, lemos livros porque alguém falou muito bem deles. Foi o caso. No entanto, este não foi um livro para mim.
O livro não é mau, tem o seu mérito, no entanto, não é o indicado para mim enquanto leitora.
É um livro que nos obriga a estar com atenção, a analisá-lo, a entendê-lo no seu todo. O que torna a leitura demorada, apesar de ser um livro pequeno.
A história gira à volta de Silvestre e da esposa, que casaram por conveniência e são tudo menos felizes juntos. Ele chega ao ponto que quer gritar ao mundo as patranhas que fez e que lhe pesam, ela persegue-o para que não o faça.
É um livro de emoções: de despeito, de amor, de ciúme, de vingança... mais sentimentos maus que bons. Acaba por ser um romance trágico e de certa forma deprimente, pois o próprio cenário é escuro e melancólico, só sendo iluminado por Jacinto e Clara, mas até isso acaba.
Não o detestei, longe disso, até o achei interessante, mas não é um género que me agarre e me faça desejar ler mais.
A mim não me encantou, mas a Edite gostou muito. Vejam a opinião dela AQUI
Classificação:
- Escrita: 7
- História: 7
- Revisão do texto: 9,9
- Complexidade: 7
- Trabalho gráfico: 8
Total: 7,78
0 - Péssimo
1 a 3- Muito Mau
4 a 5- Mau
6 a 7- Satisfatório
8- Bom
9 - Muito Bom
10 - Excelente!
Mais informações em: Assírio e Alvim
Sinopse:
«A abelha foi apanhada pela chuva: vergastadas, impulsos, fios do aguaceiro a enredá-la, golpes de vento a ferirem-lhe o voo. Deu com as asas em terra e uma bátega mais forte espezinhou-a. Arrastou-se no saibro, debateu-se ainda, mas a voragem acabou por levá-la com as folhas mortas.» Uma Abelha na Chuva conta-nos as peripécias de Álvaro Rodrigues Silvestre e sua mulher. A acção decorre na aldeia de Montouro, num Outono chuvoso, e centra-se nas personagens que a habitam e rodeiam este casal, através de quem ficamos a conhecer o Portugal provinciano de meados do século XX.