Opinião: "Homens sem mulheres" de Haruki Murakami
Homens sem mulheres"
de Haruki Murakami
"(...)Um belo dia, quando menos esperar, o leitor vai ser um dos homens sem mulheres. Esse dia chegará de repente, sem apelo em agravo, sem premonições nem pressentimentos, sem um toque na porta nem tossidela de aviso.(...)" em Homens sem mulheres de Haruki Murakami, pp. 242
Boa tarde leitores, é assim que hoje iniciamos mais uma opinião. Com um pequeno excerto do livro de Murakami. É um excerto que, depois de lido praticamente todo o livro, faz todo o sentido e nos provoca um baque no coração.
Recebemos este livro inesperadamente. Por iniciativa da Casa das letras/Leya. Sem mais, assim, sem aviso. Olhámos para ele e praticamente o desdenhámos. A capa é simples e pouco nos disse. O título estranho. Não sabíamos bem o que lá vinha.
Chegou em Setembro de 2017 e lá foi ficando pousado na estante. Até que no clube de leitura, promovido pelo blogue FlAMESmr, em que participamos, surgiu o tema "Autores asiáticos". Pegámos nele com relutância e começámos a sua leitura.
Devemos dizer que foi uma surpresa. Uma agradável surpresa. Um livro que nos prendeu do início ao fim e que devorámos. Composto por pequenos contos em que os protagonistas são homens. Homens que, com nos diz o título, estão sem mulheres. Mas não isentos delas. Elas existem ou existiram nas suas vidas.
Um livro absolutamente surpreendente. Gostámos de conhecer a escrita do autor e a sua forma de contar histórias. Certamente que da próxima vez que nos cruzarmos com Murakami que olharemos para os seus livros com outro pensamento. Felizmente optámos por lhe pegar agora e resistimos a mais um thriller.
Não foi tempo perdido e aconselhamos a sua leitura. Um título estranho que acabou por fazer todo o sentido. Delicioso.
Classificação:
- Escrita: 10
- História: 10
- Revisão do texto: 9,5
- Complexidade: 9
- Trabalho gráfico: 8
Total: 9,3
0 - Péssimo
1 a 3- Muito Mau
4 a 5- Mau
6 a 7- Satisfatório
8- Bom
9 - Muito Bom
10 - Excelente!
Mais informações em: Casa das letras
Sinopse
O que têm em comum os Beatles, Hemingway, François Truffaut, Woody Allen, Tchékhov, um rapaz chamado Gregor Samsa, um médico doente de amor e o dono de um bar de jazz? Haruki Murakami, pois claro. São sete os contos que dão forma ao mais recente livro: Homens sem Mulheres. Sete homens desencantados e a contas com a solidão. Sete histórias de solidão, mágoa e luto que desafiam os lugares- -comuns sobre o amor. Sete maneiras de traduzir a mesma melancolia, enquanto lá fora «a chuva continua a cair, provocando no mundo inteiro um interminável calafrio». Mas não se deixem enganar: este livro está repleto de mulheres: desejadas, sonhadas, traídas, ouvidas, invocadas, incompreendidas, sobrevalorizadas, eternamente amadas e perdidas para sempre. Um dia, o leitor corre o risco de se transformar num homem sem mulheres. Depois não digam que não avisámos.
