Opinião: "O guitarrista", Luis Landero
"O guitarrista"
de Luis Landero
Boa tarde leitores, hoje trago a opinião a uma releitura. Já havia lido este livro há largos anos e agora, por altura do clube de leitura, voltei a lê-lo.
Não me recordava da história, sabia que não me tinha dito nada quando o li a primeira vez. Ajudou a esta nova leitura o facto de já não me lembrar de nada da trama.
Li a sinopse e pensei que iria reler um livro sensual e quente. Mas não. Voltei a não me identificar com o livro. Muito morto, parado mesmo.
Temos Emílio um jovem aprendiz de mecânico e estudante nocturo que se deixa levar pelas histórias do seu primo artista. Um primo que deixou a noiva na aldeia em busca de melhores condições em França e se perde nas tabernas espanholas a tocar guitarra.
Após algum tempo nessa vida, regressa a Espanha e fica hospedado em casa de Emílio e aí o convence a seguir a vida de artista.
Emílio enamora-se pela mulher do chefe e eis que estavam lançados os dados para uma bela história. Mas não.
Faltou sal e ritmo. Posso dizer que, o final foi maquiavélico para o pobre e ingénuo Emílio. Apesar de não ser o final imgaginado, acabou por ser esse toque inesperado que me deu alento após esta desilusão de livro.
Não foi brilhante, nem me deu prazer em ler. Tenho até as minhas dúvidas de que o tenha acabado de ler a primeira vez. Mas já não me lembro.
Um livro monótono, cheio de texto corrido às voltas nas mesmas ideias, com muitas descrições que não interessavam.
Classificação:
- Escrita: 5
- História: 3
- Revisão do texto: 8
- Complexidade: 9
- Trabalho gráfico: 8
Total: 5
0 - Péssimo
1 a 3- Muito Mau
4 a 5- Mau
6 a 7- Satisfatório
8- Bom
9 - Muito Bom
10 - Excelente!
Mais informações em: Texto Editores
Sinopse
Emílio, jovem adolescente, leva uma existência cansativa e aborrecida, entre os estudos à tarde e o trabalho numa oficina de automóveis pela manhã, vivendo esse «labirinto de instantes, de promessas» próprio da idade, consumido pelo desejo de se libertar e tomar o controlo do seu destino. Um dia, o seu primo Raimundo regressa de Paris e conta-lhe o sucesso que causou como guitarrista de flamenco. Emílio deixa-se enfeitiçar pela vida boémia do primo e decide aprender a tocar guitarra. Ao tomar conhecimento do novo talento de Emílio, o patrão pede-lhe que dê aulas à sua esposa, Adriana, uma jovem «femme fatale». Com o passar do tempo, a cumplicidade entre Emílio e Adriana e a intimidade latente que os envolve acabam por desabrochar numa grande paixão, paixão essa que fará de Emílio o homem que não sabia que podia ser.
